História do alecrim
História : Os gregos a denominavam "flor por excelência", e dela se serviam para entretecer suas coroas, com as quais cobriam a cabeça por ocasião de certas festas.
Em alguns lugares costuma-se misturar o alecrim com galhos de buxo na cerimónia do benzimento das palmas no Domingo de Ramos.
Em Roma figurava, juntamente com o cipreste, no culto aos mortos. É uma planta que desde tempos imemoriais tem sido objeto de muitas lendas. O verdor de suas fiastes com muitas folhas era considerado como um símbolo de imortalidade.
No norte da França dizem que existe o costume de se colocar um ramo de alecrim nas mãos do defunto e depois plantá-lo sobre o seu túmulo.
Muita gente ainda se recorda da canção infantil que dizia: "Eu desci ao jardim para colher alecrim."
O alecrim é uma especiaria amplamente utilizada; A tradição dita que o alecrim apenas crescerá em jardins aonde a mulher é a "chefe da casa." A planta foi usada na medicina tradicional por suas propriedades adstringentes, tónicas, carminativas, antiespas-módicas, emenagogas e diaforéticas. Os extratos e o óleo volátil foram usados para promover o fluxo menstrual, e como abortivos.
As propriedades do alecrim são conhecidas desde a mais remota antiguidade. Hipócrates já a recomendava assim como Dioscóride e os médicos árabes. Sua voga foi extraordinária na Idade Média e Renascença. O alcoolato de alecrim tornou-se famoso com o nome de "água da rainha da Hungria" e fez furor na corte de Luís XIV. Era o medicamento preferido de Madame de Sevigné. O remédio teria sido inventado pela rainha Elizabeth (filha de Wladislas Lokietak, rei da Polónia), que nasceu em 1306 e desposou em 1320 Charles-Robert d'Anjou, rei da Hungria, morto em 1381. Esta água curava a gota e a paralisia.
Parte utilizada: folhas, flores, óleo essencial.
Plantio : Multiplicação: propaga-se por sementes, estaquia e mergulhia (mudas). Cultivo: o plantio deve ser feito em solos secos, leves, porosos, com espaçamento de 0,5m X 1m; Colheita: colhe-se os ramos, o ano todo, podando as plantas mais viçosas. A conservação das folhas faz-se dessecando-as à sombra e em local ventilado, acondicionando-as em vasilhame sem ar. Propaga-se bem em solos secos, pobres e bem drenados. Adapta-se melhor ao clima subtropical. O plantio deve ser feito antes da floração intensa. Prefere locais enssolarados, bem iluminados e sem vento.
Modo de Conservar : Use as folhas e flores frescas ou secas a à sombra, e em local ventilado. Após a secagem devem ser adicionados em vidros escuros e bem tampados, em ambiente seco e arejado, ao abrigo da luz solar
Origem : Regiões do Mediterrâneo e foi introduzido no Brasil pelos colonizadores, que lhê davam lugar de honra na medicação natural e sempre acompanhou os bandeirantes nas suas entradas e bandeiras.
Para que serve o alecrim
Dosagem : Combate as dores musculares. Ativa as funções do pâncreas e é anti-convulsivo. Pode ser usado também como inseticida. Para esse fim, mistura-se uma xícara de óleo de alecrim em dois litros do chá de fumo. Bata no liquidificador e aplique, como se faz com um inseticida. Como tempero suas folhas utilizadas para temperar carnes e peixes.
Xarope - para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 colheres de folhas e tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.
Infusão - 1 xícara de folhas em 1/2 litros de agua, tomar uma xícara de chá a cada seis horas.
Pó cicatrizante - usa-se as folhas secas reduzidas à pó.
Tintura - 50 gramas de folhas frescas em um litro de álcool, deixe cinco dias em masseração, coar e guardar em um vidro escuro. Dor de cabeça de origem digestiva Em 1 xícara de chá, coloque uma colher de sobremesa de folhas picadas e adicione água fervente. Abafe por 10 minutos e coe. Tome 1 xícara de chá antes ou após as principais refeições. Problemas respiratórios xarope: para 1/2 litro de xarope adicionar o suco de 4 xíc. de cafezinho de folhas frescas, tomar 1 colher de sopa a cada 3 horas.
Infusão: 1 xícara de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de água, tomar xícara de chá a cada 6 horas.
Tintura: 10 xícara de cafezinho de folhas secas em 1/2 litro de álcool de cereais ou aguardente, tomar 1 colher de chá 3 vezes ao dia em um pouco de água; para a maioria das indicações, inclusive hemorróidas.
Pó - as folhas secas reduzidas a pó têm bom efeito cicatrizante.
Princípios Ativos: Saponinas, flavonóides, nicotinamida, colina, pectina, taninos, rosmaricina, vitamina C, óleo essencial (pineno, canfeno, cineol, borneol, eucaliptol, acetato de isobornila, valerianato de isobornila, cânfora).
Toxicologia : Gestantes. Em doses elevadas pode provocar irritações gastrintestinal, nefrite, intoxicação, aborto, irritações na pele. Não é recomendado para prostáticos e pessoas com diarréia. Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode ser induzir a toxicidade. A toxicidade do óleo é caracterizada por uma irritação do estômago e do intestino, por danos aos rins. Embora o óleo de alecrim é irritante à pele de coelhos, geralmente não é considerado ser um agente sensitizante à pele humana. Existem pelo menos 3 relatos de casos de convulsões tóxicas associadas ao alecrim. As cetonas monoterpénicas da planta são potentes convulsantes com propriedades epileptogénicas conhecidas.
Precauções: Afeta o ciclo menstrual.
Efeitos colaterais:As preparações que contêm o óleo essencial podem causar o eritema, e produtos cosméticos podem causar a dermatite em indivíduos sensíveis. Um exemplo de asma ocupacional causado pelo alecrim foi relatado. Fotossensibilização em uso tópico.
Superdosagem: Embora o óleo possa ser usado com segurança como condimento para alimentos, e as folhas inteiras são usadas como uma erva fresca e especiaria, a ingestão de grandes quantidades do óleo pode ser induzir a toxicidade.
Aromaterapia :
O alecrim cânforado pode ser usado para melhorar a memória, analgésico e expectorante, o alecrim cineoal e expectorante e analgésico, o alecrim verbenona é usado como anti-stress, descongestionante hepético e em má circulação, o óleo resina do alecrim é um antioxidante e regenerador do fígado.
Posologia:
As folhas do alecrim, para o tratamento da dispepsia, hipertensão e o reumatismo, em doses de 4 a 6g/dia, como alimento ou em infuso; O óleo essencial em doses 1ml para banhos; 2g de folhas frescas (1 colher de sobremesa para cada xícara de água) em infuso para uso interno em todas as indicações; Tintura canforada ou óleos para massagens em dores reumáticas e musculares; Como fitocosmético em xampus (shampoos), loções capilares e dentifrícios em concentrações de 3 a 5%.
Farmacologia:
O alecrim é um agente antimicrobial bem conhecido. As folhas moídas são usadas como um repelente natural e eficaz contra pulgas e carrapatos. O óleo de alecrim possui ações antibacteriana e antifungosa marcante e também exibe propriedades antivirais. A atividade contra bactérias inclui as espécies Staphylcoccus áureo, Staphylcoccus albus, Vibrio cholerae, Escherichia e Corynebacteria. Um estudo relata que o óleo de alecrim é maisativo contra as bactérias gram-negativas(Pseudomonas) e gram-positivas (Lactobacillus) de "deterioração da carne"; O efeito do alecrim contra a Cândida albicans também foi descrito; Um outro relatório descreve a inibição de crescimento do Aspergillus parasiticus pelo óleo de alecrim; O alecrim é ineficaz no tratamento de lêndeas e piolhos; Vários relatórios avaliando os efeitos anticancerosos do alecrim estão disponíveis na literatura. O extrato induz a quinona redutase, uma enzima anticarcino-gênica. Outros mecanismos anticancerosos incluem os componentes polifenólicos do alecrim, que inibem a ativação metabólica dos pró-carcinógenos pelas enzimas de Fase l (P450), e a indução da via de desintoxicação causada pelas enzimas de Fase II (glutationa S-transferase); Resultados de estudos em animais: Suplementação dietética de 1 % de extrato de alecrim a animais de laboratório conduziu a uma diminuição de 47% na incidência de tumores mamários induzidos experimentalmente, quando comparados aos controles. Este extrato foi encontrado melhorar a atividade das enzimas que desintoxicam as substâncias reativas no fígado e no estômago dos camundongos. Os tumores de pele nos camundongos foram inibidos pela aplicação do extrato de alecrim à área. Outros estudos em animais mostraram uma inibição da síndrome do desconforto respiratório adulto em coelhos, redução da permeabilidade capilar e uma atividade antigonado-trófica em camundongos. O alecrim também inibe a ação uterotrópica do estradiol e da estrona em 35% a 50%, quando comparado com os controles.
Estudos clínicos: O alecrim também aumentou a desintoxicação de carcinógenos nas células epiteliais brónquicas humanas. O composto diterpénico encontrado no alecrim, ácido carnósico, possui um forte efeito inibitório contra a enzima HlV-protease; Diversos estudos relatam as ações antioxidáveis do alecrim. O carnosol e o ácido carnósico são responsáveis por mais de 90% da atividade antioxidante do extrato de alecrim. Ambos os compostos são potentes inibidores da peroxidação de lipídio e são ótimos seqiiestadores de radicais de peroxil. A atividade antioxidante depende diretamente da concentração de diterpenos como estes. Os antioxidantes do alecrim possuem uma atividade seqúestradora de radicais menor do que aquela produzida pelos polifenóis do chá verde, porém apresentam um potencial maior do que a vitamina E; Varios relatórios descreveram outras ações do alecrim, incluindo uma ação espasmolítica no músculo liso e cardíaco, alteração da ativação de complemento, efeitos hepáticos e imunológicos, além da aromate-rapia para o tratamento da dor crónica. O alecrim também pode reverter dores de cabeça, reduzir o estresse, e ser beneficiai no tratamento da asma e da bronquite. A farmacologia do alecrim foi revisada.
Farmacologia:
Não encontramos relatos de nenhum estudo clínico.
Nenhum comentário:
Postar um comentário